CHAVES: Páscoa vivida entre momentos de oração e reflexão

A celebração da Páscoa foi vivida, este ano, na Santa Casa da Misericórdia de Chaves, através de um registo espiritual e de reflexão.
A celebração da eucaristia decorreu em cada um dos equipamentos sociais da instituição, destinados à terceira idade, onde também foram lembrados todos os utentes falecidos durante o último ano.
“Mesmo nas nossas fragilidades, nos momentos que às vezes temos de desespero, porque a vida não é como nós queremos, não devemos perder a esperança na pessoa de Jesus, porque Ele está sempre connosco, caminha sempre connosco”, as palavras do sacerdote António José, serviram de conforto aos utentes da Misericórdia de Chaves, para quem a resiliência tem sido fortemente posta à prova.

Meditação da Via-Sacra

Através da meditação da Via-Sacra, todos são convidados, de acordo com os animadores socioculturais, que organizaram os momentos de oração e reflexão em todas as estruturas residenciais da instituição, “a meditar o caminho percorrido por Jesus na sua paixão, morte e ressurreição, mas também a que cada um reflita sobre o seu próprio caminho”. “São momentos importantes de manifestação de fé dos nossos idosos”, com o intuito de “lhes transmitirmos confiança e esperanças renovadas”, afirmaram.
Depois de receber as amêndoas da Páscoa, acompanhadas por uma pagela, tal como os restantes utentes da instituição, Francisco Mosca, diz que não é costume estar no lar por esta altura, pois o período da Páscoa era passado na casa dos filhos, situação que não acontece pelo segundo ano consecutivo e que o utente do Lar de Santa Isabel, faz questão de reforçar com lástima. No entanto, não escondeu a emoção, que este ano, teve em mãos, pela missão “importante”, como o próprio referiu, de segurar na cruz durante toda a meditação da Via-Sacra. “Fiz penitência”, disse, acrescentando “sinto-me como que a pegar no Senhor, esta cruz que o representa e através dela que o veneramos”.

Mensagem do presidente da União das Misericórdias

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel de Lemos, numa mensagem dirigida a todas as misericórdias do país, lembrou a “provação” que todos quantos estão envolvidos nas misericórdias têm sentido.
Com palavras de “esperança”, lembrando a “missão” que a estas instituições “lhes está confiada, por todas as pessoas que têm a seu cargo na dádiva do serviço e do afeto” deseja que “se saia desta crise com ânimo e vontade renovados”, concluiu.


Sandra Gonçalves

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