MONTALEGRE: Manifestação em defesa da região de Barroso agendada para sábado

2022-01-18 14:26:33

O movimento ‘Não às Minas’ preparou para o próximo sábado, dia 22 de janeiro, pelas 14h30, na Praça do Município em Montalegre, uma manifestação em defesa da região de Barroso com o tema ‘Minas? Não!’
A convocatória surgiu através da rede social Facebook, onde os responsáveis pelo movimento ‘Não às Minas’, apelam a que todos se juntem à manifestação em defesa de uma região do Barroso onde existem, neste momento, projetos para exploração de diversos elementos e minerais de que são exemplo: quartzo, feldspato, lítio, volfrâmio, estanho, molibdénio. Ao todo, são 22 projetos entre concessões para exploração, prospeção e pesquisa num território de apenas 1128 km2 de área, aproximadamente.
A região de Barroso, formada pelos concelhos de Montalegre e Boticas, segundo a publicação do movimento ‘Não às Minas’ é detentora de um ecossistema harmonioso e único, «sustentado por uma cultura ancestral, ainda viva, que promove um equilíbrio laborioso entre as suas práticas agro-pastoris, predominantes nesta região, e o meio ambiente envolvente, no qual uma grande percentagem das espécies adaptadas a este ecossistema ainda se encontram preservadas. A harmoniosa convivência secular serviu de base para a atribuição da honrosa classificação única no país de Património Agrícola Mundial, por parte da FAO (Organização para a Alimentação e Agricultura), a qual poderá ser retirada, caso os vários projectos mineiros existentes na região avancem. Também a classificação de Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés, atribuída pela UNESCO, poderá estar em risco, no caso do concelho de Montalegre, município detentor da maior fatia do Parque Nacional da Peneda-Gerês».
A contestação aos contratos assinados pelo Governo é outra das rações desta manifestação e no manifesto pode ler-se que «consideramos inaceitável que o município de Montalegre, recém eleito para proteger as populações e gerir de forma saudável o seu território, se tenha associado à Lusorecursos, a empresa detentora do contrato de exploração da Mina do Romano, através da constituição de um consórcio empresarial candidato às agendas mobilizadoras do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência português), para o qual se comprometeu a disponibilizar 8.550.000,00 euros. Consideramos esta atitude lamentável e vergonhosa.»
Com um apelo à presença, a publicação na rede social Facebook termina com a frase: «Por um Barroso genuíno, biodiverso, culturalmente rico e habitado, a indústria mineira, não é solução!» e pedem ainda que os presentes respeitem as normas da DGS em relação à Covid-19.

Paulo Silva Reis

 


Subscrever newsletter



Login



Recuperar acesso