CHAVES: ''Arroz Solidário'' ajudou 70 famílias carenciadas

70 cabazes com bens de primeira necessidade começaram hoje a ser entregues a famílias carenciadas do concelho de Chaves. Os produtos foram adquiridos no comércio tradicional local, resultante das receitas da venda do ''Arroz de Fumeiro Solidário'', confecionado no evento Sabores de Chaves.


As 340 doses de Arroz de Fumeiro vendidas, durante a Feira Sabores de Chaves permitiram à autarquia de Chaves angariar 850 euros e adquirir no comércio local 70 cabazes que começaram a ser entregues esta sexta-feira a famílias carenciadas.
Maria Rocha tem 51 anos e está desempregada. Foi uma das primeiras pessoas a chegar ao edifício da Ação Social da Câmara de Chaves para receber o seu cabaz alimentar.

“Estou muito contente é uma ajuda muito importante porque estou desempregada e vivo sozinha”, disse à Alto Tâmega TV já como o seu cabaz na mão.

Os cabazes alimentares são compostos por diversos alimentos como carne, leite, bolachas, cereais, massa, arroz, açúcar, enlatados e óleo. Nesta ajuda há ainda espaço para um pequeno “miminho” oferecido por um produtor que esteve presente na Feira dos Sabores de Chaves e que decidiu presentear estas famílias com alheiras e folhados.

“O balanço é extremamente positivo, superou todas as expectativas. Hoje é um dia feliz para 70 famílias e para o Município de Chaves”, destacou Paula Chaves, Vereadora da Ação Social do município que aproveitou para agradecer aos produtores que ofereceram as carnes e o fumeiro para confecionar o Arroz de Fumeiro e à Escola Profissional de Chaves que, com os seus alunos, confecionou este prato típico flaviense que teve um destaque solidário durante os dias de certame.

“As 340 doses foram vendidas num curto espaço de tempo. Quando o povo é chamado a estas causas solidárias enchem-se de generosidade, o que é muito bom”, disse a vereadora.

Ana Gonçalves visivelmente emocionada foi uma das 70 pessoas contempladas com estes produtos alimentares e garante que “fará toda a diferença”.

“Estou muito feliz. Será uma grande ajuda para nós e para as pessoas que precisam porque realmente há muitas pessoas carenciadas no concelho. É a primeira vez que recebo ajuda e estou muito contente. Tenho três filhos, uma delas está grávida e ficou desempregada. Torna-se complicado”, explicou-nos esta senhora com 59 anos que sofre de uma doença psiquiátrica.

Numa situação económica semelhante está Maria Guadalupe. Tem 60 anos e uma lesão que lhe impede de trabalhar.

“Faz toda a diferença. Já durante a pandemia a autarquia de Chaves entregava-me refeições quentes. Esta é mais uma ajuda essencial porque a minha filha e os meus dois netos vieram agora de Lisboa e estão a precisar muito do meu apoio.”


Para Paula Chaves esta ação solidária inserida no âmbito da Feira dos Sabores de Chaves é para continuar. “Queremos repetir. Foi o começo e para o ano estaremos cá novamente, assim como em outras ações que desenvolvemos nos serviços de ação social ao longo do ano” .

Todos os produtos que compõem os cabazes solidários rondam os 25 euros e foram adquiridos no comércio tradicional local. A entrega dos cabazes arrancou esta sexta-feira nos serviços da Ação Social do Município, na freguesia da Madalena, sendo que as restantes famílias serão contactadas para levantarem os seus cabazes nos próximos dias.

“ESTIVEMOS NA LINHA DA FRENTE NO QUE RESPEITA À AÇÃO SOCIAL”

Nestes dois últimos anos o Município garante que “esteve sempre na linha da frente. Fazemos um balanço muito positivo no apoio às famílias. Tivemos e temos sempre resposta para as pessoas. Ninguém sai daqui sem uma resposta social”, disse a vereadora Paula Chaves.

O Município de Chaves presta ajuda através de alimentos e bens de primeira necessidade, apoio à renda, apoio com a medicação, ajuda a pessoas com incapacidades, apoio com o programa famílias numerosas, apoio na taxa de água entre outros.

O serviço de Ação Social do Município de Chaves tem sinalizado quase 400 famílias carenciadas. Um número que tem aumentado, fruto da pandemia e de um acumular de várias situações como a perda de postos de trabalho.

Sara Esteves
Fotos: Maria Cerqueira

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