CHAVES: Hospitalização Domiciliária é uma realidade em Chaves

2022-03-22 10:11:01

A Hospitalização Domiciliária vai avançar no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) com uma unidade em Chaves e outra em Vila Real e foi ontem assinada a sua criação e arranque na unidade hospitalar de Chaves.

Esta nova valência do Centro Hospitalar (Hospitalização Domiciliária), tal como explicou Fernando Salvador, Diretor de Medicina Interna do CHTMAD, vai avançar neste primeira fase “com cinco doentes em Chaves e outros cinco em Vila Real”.
Definindo-se como um modelo de assistência hospitalar direcionado para a prestação de cuidados no domicílio a doentes com doença aguda, ou crónica, cujas condições biológicas, psicológicas e sociais o permitam, distingue-se dos cuidados domiciliários dos centros de saúde, pela prestação de cuidados intensivos e altamente especializados em estados agudos e complexos de doença.

Segundo o Coordenador do Projeto Nacional de Hospitalização Domiciliária, Delfim Rodrigues, este serviço “vai de encontro às necessidades do doente, mais humanizada e sem as complicações inerentes à hospitalização convencional, oferecendo um serviço de qualidade com o rigor clínico e a visão humanizada, sempre que a permanência no hospital seja prescindível”.

Delfim Rodrigues explicou ainda que este é “um projeto do SNS que já está implantado em 36 hospitais e já tratamos 20 mil doentes de Bragança a Vila Real de Santo António. Agora estamos aqui com a abertura de dois polos um em Chaves e outro em Vila Real. O ambiente hospitalar não é um ambiente fácil, muito hostil ao doente e temos que reconhecer que nós oferecemos hoje um internamento em casa nas mesmas circunstâncias que teria se estivesse no hospital, disponibilizando uma equipa multidisciplinar de vários profissionais, dando segurança aos doentes e familiares, deixando as camas hospitalares para situações criticas como blocos operatórios, Cuidados Intensivos ou grande exames de diagnostico e assim os doentes não ficam tão expostos às infeções hospitalares”.

Recomendada pela Organização Mundial de Saúde, beneficiando da evolução técnica e tecnológica aliadas à preparação dos profissionais, constitui-se como uma oportunidade para o desenvolvimento de respostas que fomentem a integração, a continuidade de cuidados e a obtenção de melhores resultados em saúde e bem-estar para as pessoas.

A Hospitalização Domiciliária em Portugal teve início no Hospital Garcia de Orta, EPE em 2015, tendo sido pioneiro na criação e implementação do primeiro programa de Hospitalização Domiciliária, inspirado na experiência do Hospital Universitário Infanta Leonor, em Madrid.

Clara Castro da ARS Norte diz não ter qualquer dúvida no que diz respeito a benefícios desta nova valência “pois com a garantia de um serviço hospitalar o doente não tem que se ausentar do seu meio familiar e isso ajuda na recuperação”.

A Medicina Interna, enquanto especialidade generalista hospitalar, assume neste contexto um papel-chave na gestão do doente hospitalar e Olívia Cardoso, que vai chefiar o projeto em Chaves diz que “este foi o dia zero, mas o projeto vai avançar para o terreno no imediato”.


Paulo Silva Reis

 


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